A Holanda anunciou que celulares, tablets e relógios inteligentes serão proibidos nas salas de aula a partir de 2024, como parte de um esforço para mitigar distrações e promover um ambiente propício à concentração dos alunos. A medida, divulgada pelo ministro da Educação, Robbert Dijkgraaf, não impõe punições legais de imediato, mas poderá ser revisada no final do ano letivo de 2024-2025, quando seu impacto será avaliado.
O governo holandês sugere algumas exceções à proibição, como para alunos com necessidades médicas ou deficiências que dependam desses dispositivos, bem como em aulas específicas focadas em habilidades digitais. A decisão sobre a proibição caberá às escolas, que deverão estabelecer regras detalhadas em colaboração com professores, pais e alunos.
Estudos anteriores já indicaram que a limitação do tempo de tela pode contribuir para melhorias na cognição e concentração das crianças. O governo holandês destaca a importância de proporcionar um ambiente de aprendizado propício, livre de distrações eletrônicas.
Essa iniciativa segue uma tendência observada em outros países, como a Finlândia, que também anunciou restrições semelhantes recentemente, aguardando aprovação parlamentar. Em 2018, a França aprovou uma lei proibindo o uso de celulares por estudantes com menos de 15 anos nas dependências escolares, enfrentando desafios práticos na implementação.
A decisão da Holanda reflete uma preocupação crescente com o impacto dos dispositivos eletrônicos no ambiente educacional e destaca a importância de avaliações futuras para determinar a eficácia dessa proibição nas salas de aula.