Na tarde de domingo (1) o Brasil alcançou um marco nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, conquistando sua 400ª medalha na história da competição. O feito foi alcançado pelo paulista André Rocha, que garantiu o bronze no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem em cadeiras de rodas), com a marca de 19,48m.
André, que participa de sua primeira Paralimpíada, já tem um currículo de sucesso com três medalhas em mundiais de atletismo, incluindo dois ouros. No entanto, a prova deste domingo foi desafiadora. O italiano Rigivan Ganeshamoorthy quebrou o recorde mundial e paralímpico, com 27,06m, conquistando o ouro. A prata ficou com o letão Aigars Apinis, que alcançou 20,62m.
A trajetória de André Rocha no esporte é inspiradora. Natural de Taubaté, ele era policial militar e, em 2005, sofreu um grave acidente durante uma perseguição, resultando em lesões na coluna que o deixaram tetraplégico. Foi apenas em 2013 que André encontrou no esporte paralímpico um novo caminho, através de um projeto da prefeitura de sua cidade.
Com a medalha de bronze de André, o Brasil soma 27 pódios em Paris 2024, sendo oito ouros, quatro pratas e 15 bronzes, ocupando a 4ª posição no quadro geral de medalhas. A histórica marca de 400 medalhas consolida a posição do Brasil como uma potência paralímpica, destacando-se consistentemente entre os melhores desde Pequim 2008.
O feito de André Rocha é mais um capítulo glorioso na história do Brasil nos Jogos Paralímpicos, que começou em 1972 e, ao longo dos anos, tem mostrado ao mundo a força e a determinação dos nossos atletas.