Desde abril, ao menos 54 universidades, 51 institutos federais e o Colégio Pedro II estão em greve. No Amazonas, os servidores técnico-administrativos dos 18 campi do Ifam aderiram à greve no dia 15 de abril de 2024.
Os professores e servidores das instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres), há uma defasagem de 22,71% no salário dos professores, acumulada desde 2016, e a entidade pede uma reposição salarial que considere essa diferença.
O governo chegou a assinar um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação), que prevê a reestruturação da carreira docente e um reajuste de salário de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. No entanto, essa proposta não foi aceita pelo Andes e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
Com a negativa dos sindicatos, a greve continua em muitas instituições pelo Brasil. O Ministério da Educação (MEC) afirmou que está sempre aberto ao diálogo pela valorização dos servidores, mas a paralisação segue enquanto as demandas não são atendidas.