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Golpista que destruiu relógio histórico no ‘8 de Janeiro’ é condenado a 17 anos de prisão pelo STF

Escrito por
Redação
June 21, 2024
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Foto: Reprodução / Internet

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (21), pela condenação de Antônio Cláudio Alves Ferreira a 17 anos de prisão. Ferreira foi capturado pelas câmeras de segurança destruindo um relógio do século XVII durante os atos golpistas de 8 de Janeiro.

O relógio, exibido no Palácio do Planalto, foi criado pelo relojoeiro Balthazar Martinot para o rei Luís XIV da França e trazido ao Brasil por Dom João VI em 1808. Feito de casco de tartaruga e bronze, o relógio, que foi um presente da Corte Francesa, está atualmente na Suíça para restauração. Há apenas outro relógio semelhante, localizado no Palácio de Versalhes, na França.

Moraes destacou o “robusto conjunto probatório” contra Ferreira, que foi visto pelas câmeras jogando o relógio no chão. Ferreira, que vestia uma camiseta com a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro, confessou ter quebrado um vidro do Palácio do Planalto para entrar no prédio e vandalizar o relógio histórico e uma poltrona, além de danificar câmeras de segurança com um extintor.

“Está comprovado, tanto pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, quanto pelas conclusões do Interventor Federal, vídeos e fotos realizados pelo próprio réu e outros elementos informativos, que Antônio Cláudio Alves Ferreira, como participante e frequentador do QGEx e invasor de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, com emprego de violência ou grave ameaça, tentou abolir o Estado Democrático de Direito, visando o impedimento ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais por meio da depredação e ocupação dos edifícios-sede dos Três Poderes da República”, afirmou Moraes.

OUTROS CASOS DE GOLPISTAS

Além de Ferreira, o STF está analisando o caso de Leonardo Alves Fares, que gravou um vídeo dentro do Congresso Nacional no dia 8 de Janeiro, agradecendo policiais pela ajuda para invadir os prédios públicos. Moraes votou pela condenação de Fares a 17 anos de prisão, considerando sua participação ativa nos atos de vandalismo.

Moraes votou pela condenação dos golpistas pelos crimes de:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça, com uso de substância inflamável contra o patrimônio da União.
  • O julgamento dos dois réus ocorre no plenário virtual do STF, onde os demais ministros têm até 28 de junho para depositar seus votos. Até agora, o Supremo já condenou 224 pessoas pelos ataques às sedes dos Três Poderes, com penas variando de 3 a 17 anos de prisão.
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