A Gol superou estimativas de resultado, após divulgar nesta quinta-feira (27) um lucro líquido de R$ 556,3 milhões, revertendo prejuízo de R$ 2,8 bilhões sofrido um ano antes, impulsionada por receitas maiores e ganhos cambiais.
Analistas, em média, esperavam prejuízo líquido de R$ 152,5 milhões para a companhia aérea no segundo trimestre, segundo dados da Refinitiv.
A receita operacional líquida atingiu recorde para o período, de R$ 4,14 bilhões, alta de 27,9% sobre um ano antes, com importantes avanços nas unidades de negócios Smiles e Gollog. A expectativa de analistas era de faturamento de R$ 4,08 bilhões, segundo a Refinitiv.
O Ebitda foi R$ 947,3 milhões com margem de 22,8%. O prejuízo líquido foi de R$ 415,7 milhões excluindo a receita de variação cambial de R$ 0,9 bilhão.
O número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago aumentou 13,4%, enquanto o total de Assento-Quilômetro Ofertado cresceu 14,0% em relação ao mesmo período de 2022.
Já a taxa de ocupação média ficou estável em 76,9%. A taxa de ocupação doméstica foi 77,3%, um aumento de 0,7 ponto percentual, enquanto a taxa de ocupação internacional foi de 73,1%. E o número de passageiros transportados pela companhia foi de 7 milhões, um aumento de 19,9%.
A empresa também reviu algumas de suas projeções para o ano, cortando a expectativa de crescimento da oferta de alta de 15% a 20% para expansão de 10% a 15%.
A companhia aérea Gol reduziu nesta quinta-feira sua estimativa de crescimento de oferta de voos para este ano em ajustes de capacidade após o resultado do primeiro semestre divulgado mais cedo, segundo fato relevante ao mercado.
A empresa agora prevê que sua oferta de voos vai subir 10% a 15% este ano ante estimativa anterior de expansão de 15% a 20%. O ajuste parece se dar por redução nas decolagens, cuja estimativa de crescimento em 2023 passou de 20% a 25% para 15% a 20%, segundo os dados da companhia.
A frota operacional da empresa segue prevista em 114 a 118 aeronaves este ano, bem como a taxa média de ocupação dos aviões, em cerca de 81%.
A companhia reviu também a previsão de receita líquida este ano de 19,5 bilhões para 19,3 bilhões de reais, esperando margem Ebitda de 25% ante estimativa anterior de 24%.
A Gol manteve ainda a expectativa de alavancagem, medida pela dívida líquida em relação ao Ebitda, ao redor de seis vezes.
A companhia aérea atribuiu o resultado positivo ao aumento da demanda por viagens aéreas, à expansão da frota e à melhoria da eficiência operacional. No entanto, também citou alguns desafios, como a alta do custo do combustível e a concorrência acirrada.