A semana deve ser decisiva para o futebol feminino amazonense e com um contraste gigantesco disso. Nos últimos dias, a nova diretora de feminino da Federação Amazonense de Futebol, Alessandra Campelo, anunciou uma série de inovações para a modalidade no ano de 2025. Novas competições e um compromisso de ouvir ainda mais os times femininos. E veja bem, isso é importante acontecer já que Manaus ainda briga por uma vaga para ser sub-sede da Copa do Mundo Feminina de 2027. A grande questão está no que aconteceu nos últimos dias. O 3B anunciou desistência da Supercopa Feminina, que acontece no mês de março, sem detalhar o motivo. Porém, procurando por aqui e por ali na apuração, a informação que consegui foi que a saída se deu devido à falta de plantel para a competição.
Essa falta de jogadoras para compor a temporada do 3B também dá um tom interessante e instigante de que o time também vai desistir de disputar a primeira divisão do futebol feminino, algo que as Feras da Amazônia batalharam bastante. Eu confesso a vocês que li e tive acesso à carta que pode vir a ser a de desistência do time a série A1, a principal alegação por parte do gestor, Bosco Bindá Brasil, é redirecionar recursos milionários ao Instituto 3B que atende mais de 800 crianças carentes do bairro Aparecida, em Manaus. Porém, os números que ele carrega consigo dentro da sua convicção demonstram um certo receio em montar um elenco de combate com grandes e outras equipes da 1ª divisão.
É como se a folha do 3B saltasse de 350 mil para mais de 5 milhões de reais, e isso é um exemplo hipotético, pois eu não sei quanto era a folha, mas sei quanto é estimada uma folha atual. Tudo isso porque no mercado da série A1, não existe jogadora que queira receber menos que 40 mil reais. Além disso, tem toda a estrutura envolvida. Os números assustam o visionário empresário e executivo Bosco Brasil Bindá, além do que ele gosta de competir por igualdade. Não há, no seu pensamento, a possibilidade de ser goleado ou ser rebaixado, por exemplo. E isso eu entendo, afinal a gente faz algo pra ganhar.
Porém, a possibilidade de desistência do 3B puxa o futebol feminino para uma inércia triste e preocupante. Pois as Feras conquistaram aquilo que o masculino não: A PRIMEIRA DIVISÃO. E respiramos esse momento para mostrar que Manaus tem condições de voltar a ser a capital do futebol feminino ou ao menos, fazer parte de um conglomerado de equipes que fortalecem a modalidade.
Os próximos dias serão decisivos para o 3B, para o futebol amazonense e para o futebol feminino. Vamos aguardar e torcer para que a coragem ultrapasse o medo de arriscar. Mas acima de tudo, que a sabedoria seja importante nesta definição.