Na madrugada deste domingo (19), tiros foram ouvidos no bairro central de Gombe, em Kinshasa, quando homens armados e vestidos em uniforme militar atacaram a residência do vice-primeiro-ministro da República Democrática do Congo (RDC). Por volta das 4h da manhã, o grupo se preparava para invadir a residência do presidente Félix Tshisekedi, mas foi impedido pelo exército congolês, que afirmou ter frustrado uma tentativa de Golpe de Estado.
Confrontos ocorreram nas proximidades da residência do vice-primeiro-ministro e ministro da Economia, Vital Kamerhe, um dos aliados políticos mais próximos do presidente Tshisekedi. Ao meio-dia, a situação no bairro, onde vivem muitos diplomatas, estava sob controle, com o perímetro isolado pelas autoridades.
"Nesta tentativa participaram estrangeiros e congoleses", informou um porta-voz do exército da RDC. "Todos foram neutralizados, incluindo seu líder". Entre os presos na tentativa de golpe estavam dois cidadãos americanos, segundo as forças armadas congolesas.
O general Sylvain Ekenge, chefe do exército, descreveu o incidente como uma “tentativa de golpe de Estado” e garantiu que os agressores haviam sido detidos. "As forças armadas da RDC agiram rapidamente para assegurar a estabilidade e segurança na capital", declarou Ekenge.
A operação de contenção envolveu um rápido e coordenado esforço das forças de segurança para impedir a tomada de instalações governamentais e proteger as principais autoridades do país. O ataque à residência de Kamerhe é visto como um esforço direto para desestabilizar a administração de Tshisekedi, que tem enfrentado desafios políticos internos significativos.
O governo da RDC emitiu um comunicado condenando a tentativa de golpe e reforçando seu compromisso com a segurança nacional. "Estamos determinados a manter a ordem e proteger nossas instituições democráticas", afirmou o comunicado.
Até o momento, as motivações por trás da tentativa de golpe não foram totalmente esclarecidas, e investigações estão em andamento para identificar todos os envolvidos e seus possíveis vínculos com grupos internos e externos. A presença de estrangeiros entre os agressores levanta preocupações sobre possíveis influências e apoio internacional aos insurgentes.