Os economistas voltaram a reduzir suas projeções para a inflação brasileira deste ano e do próximo, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (25) pelo Banco Central.
A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) fique em 4,90% em 2023, ante 4,95% na semana anterior. Já a projeção para 2024 é que o IPCA fique em 3,90% ante 3,92% de uma semana antes.
O centro da meta oficial em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, com margem de tolerância de percentual de 1,5 ponto para mais ou menos.
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, não sofreu alterações em 2023 e 2024 e permanece em 2,24% e 1,30%, respectivamente.
Em 2025, o PIB subiu pela segunda semana seguida e passou de 1,88% para 1,90%. Já em 2026, a expectativa é de alta de 2,00% ante 1,90% na semana anterior.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa é que o dólar caia de R$ 5,00 para R$ 4,97 neste ano. No próximo ano, a moeda norte americana não teve mudanças e permaneceu em R$ 5,05.
Em 2025, a expectativa é de queda para R$ 5,12. Em 2026, a moeda continua em R$ 5,20.
A projeção da taxa básica de juros foi mantida no mesmo patamar pela pesquisa do Banco Central em 2023, 2024 e 2025. A estimativa é que a Selic fique em 12% neste ano, 9,50% em 2024, e 9% em 2025. A única mudança foi a projeção da Selic em 2026, que caiu de 8,75% para 8,63% nesta semana.
A redução das projeções para a inflação reflete o impacto das medidas de aperto monetário adotadas pelo Banco Central para conter a alta dos preços. O BC elevou a taxa básica de juros em 12,75 pontos percentuais desde março, e a expectativa é que a Selic continue subindo nos próximos meses.
As medidas de aperto monetário têm um impacto negativo sobre a atividade econômica, pois tornam o crédito mais caro e dificultam os investimentos. No entanto, o BC acredita que esse custo é necessário para controlar a inflação e evitar que ela se torne descontrolada.
A inflação alta é um problema para os brasileiros, pois corroe o poder de compra e dificulta a vida das famílias. O BC está trabalhando para controlar a inflação, mas é importante que os brasileiros também façam a sua parte, evitando gastos desnecessários e economizando.