Nesta quarta-feira (6), o Brasil perdeu uma figura marcante da ciência e da defesa da Amazônia com o falecimento do professor Ennio Candotti, aos 81 anos, em Manaus. Diretor e fundador do Museu da Amazônia (Musa) e ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Candotti dedicou sua vida à popularização da ciência e à promoção do conhecimento.
Nascido em Roma, Itália, Candotti mudou-se para o Brasil aos 10 anos e tornou-se naturalizado brasileiro. Graduado em Física, era professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Sua atuação transcendeu as fronteiras acadêmicas, sendo reconhecido internacionalmente. Em 1998, recebeu o Prêmio Kalinga da UNESCO por sua contribuição à divulgação científica.
Há quatro anos, Ennio Candotti foi agraciado com o título de cidadão amazonense pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em reconhecimento à sua dedicação à região. A notícia de seu falecimento foi recebida com pesar, tanto pela comunidade científica quanto por autoridades e amigos.
O presidente da SBPC e ex-ministro da Educação, Renato Janine, destacou a atuação política de Candotti, sua incansável luta pela divulgação e educação científicas, além do amor pela Amazônia. O físico ítalo-brasileiro também esteve à frente da SBPC em dois períodos e desempenhou papel fundamental na mobilização pelo impeachment de Collor.
Até o momento, a causa da morte não foi divulgada pela família, e informações sobre velório e enterro aguardam anúncio. O legado de Ennio Candotti na promoção da ciência, educação e preservação da Amazônia perdurará na memória daqueles que admiravam seu trabalho e paixão.