Estou completamente agradecida a Deus, ainda mais por ter nascido com o propósito de ser jornalista esportiva. O que eu vivi neste domingo (22) entrará ainda mais para a história da minha vida profissional. Minha segunda final de brasileiro feminino, sendo que o duelo Corinthians x São Paulo bateu o recorde de público da América do Sul com mais de 44 mil pessoas. Isso em um jogo no domingo de manhã e que anos atrás muitos diziam que espantaria o público. Acontece que não foi o que eu vi, pois a Neo Química Arena estava tomada de famílias. Crianças, muitas meninas com seus pais e incentivadas por suas mães também. Pela primeira vez, senti o pertencimento da modalidade invadir também que é mulher no esporte. A cada canto que eu olhava, tinha uma mulher envolvida naquele espetáculo de final do Brasileiro.
Pude rever tantas mulheres que sou fã, que me espelho e que eu vi brigar, assim como eu dentro do meu espaço, por mais pautas femininas e o enaltecimento do futebol feminino. O recado que foi dado hoje vai muito além de você ser de São Paulo, Rio de Janeiro. É uma mostra consolidada de que o futebol feminino não somente deu certo como está EVIDENTE em cada duelo decisivo e jogão.
Nas pautas, nas entrevistas, nas abordagens, o futebol feminino é pensado a longo prazo mais ainda. A cobrança por mais investimentos e mais apelo. É como se a chave estivesse totalmente virada, sabe?! Eu fiquei encantada em poder estar na Neo Química Arena e presenciar o Corinthians fazer história de novo. Notar que o projeto foi mantido, insistido, pensado e deu retorno.
O futebol feminino hoje gritou ainda mais alto para mostrar que chegou para ficar. Na fala emocionada de tantas mulheres por esse dia, esse momento. Este ano, posso afirmar que o futebol feminino me arrastou de um jeito amplificado por conta da final do futebol feminino a2 e agora a1. Estamos fortes, firmes e queremos mais.
Atenção mulheres, essa rota não tem volta. Aproveitem e vamos juntas!