A rotina agitada e má alimentação estão entre os fatores que têm causado infarto em pessoas cada vez mais jovens, o que preocupa os médicos e saúde pública. Mas fatores genéticos também podem contribuir. Recentemente, Bronny James, filho do lendário Lebron James, sofreu uma parada cardíaca enquanto treinava.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de mortes, no mundo, são as doenças cardiovasculares. Infelizmente o Brasil contribui de forma abrangente para esse dado.
O governo federal já apresentou informações que confirmam esse fato. A principal causa de morte no país, nos últimos 20 anos, continua sendo a doença cardíaca.
Nos últimos 15 anos, o aumento de internações foi de 160%, referente às doenças cardiovasculares e, nos jovens, o aumento foi 10% acima da média.
A piora nos hábitos diários influencia fortemente num possível episódio de doença cardiovascular ou mesmo um acidente vascular cerebral.
Alimentação e Trabalho em excesso como fator de risco
Com pouco tempo para preparar uma refeição balanceada, o número de ingestão de produtos processados cresce de forma rápida.
É o que aponta o estudo feito pela Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), onde foi constatado que nos últimos 10 anos, houve crescimento de 5,5% no consumo desses alimentos que são altamente prejudiciais à saúde.
O trabalho faz muitas pessoas passarem metade de seus dias sentados, sem tempo livre para exercícios físicos, o que também contribuem para um corpo sedentário e vulnerável a esses males.
Contrariando a falácia de que brasileiro trabalha pouco e tem muita folga, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostrou que o Brasil está na 10ª posição de maiores cargas horárias do mundo.
E uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Lojistas e Serviço de Proteção ao Crédito, em parceria com o Sebrae, mostrou que o brasileiro passa 21 dias do ano, preso ao trânsito. Situação que é causada pelo tempo de uma a duas horas retidas em avenidas, todos os dias.
O trabalho excessivo tira o direito básico ao lazer e prática de atividade física, negligenciando a saúde do coletivo.
Sedentarismo no Brasil
De acordo com informações disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, o Brasil é o país mais sedentário da América Latina, com 47% da população que não pratica atividade física e, entre os jovens, 84% são sedentários, dado alarmante que explica a crescente de infartos em pessoas até 30 anos.
Em 2015, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), já apontavam que 40% dos brasileiros não praticavam atividade física regular.