O excesso de oferta de energia no país foi o principal motivo para a queda de 10,4% na energia vendida e a consequente redução de 12,6% na receita da Engie Brasil Energia no último trimestre, totalizando R$ 2,7 bilhões. No ano de 2023, a queda foi de 9,7%, com a empresa alcançando uma receita de R$ 10,7 bilhões, em linha com as projeções do mercado.
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O EBITDA ajustado da companhia também teve uma queda de 5,6%, para R$ 1,64 bilhão, porém, acima do consenso Refinitiv, que era de R$ 1,56 bilhão. A venda da fatia de 15% da TAG, realizada em dezembro, ainda é questionada por parte do mercado, tanto pelo preço que o negócio foi fechado (R$ 3,1 bilhões) quanto pelo pagamento de impostos (R$ 500 milhões) que a Engie precisará fazer.
Com a redução da alavancagem para 2,1x, queda de 0,2x, o foco da companhia agora será na transmissão de energia. Investimentos de R$ 14 bilhões estão previstos para os próximos três anos, e a empresa reduziu o pagamento de dividendos para 55%, devido à pressão no caixa gerada pelos investimentos. A Engie também prevê a participação em dois leilões de transmissão neste ano.