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Eduardo Braga é oficializado relator da reforma tributária

Senador deve apresentar plano de trabalho na próxima quarta-feira (16), durante reunião da comissão.

Escrito por
Redação
October 09, 2024
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Foto: Agência Senado

Eduardo Braga, líder do MDB no senado, foi oficializado relator da reforma tributária nesta terça-feira (8). O plano de trabalho será apresentado na próxima reunião da comissão, marcada para o próximo dia 16. 

A indicação é um passo decisivo para que ocorra, enfim, a simplificação do sistema fiscal brasileiro, além do fortalecimento da economia nacional. 

Braga usou as redes sociais para se pronunciar publicamente sobre a indicação, destacando a necessidade de desburocratizar as legislações que impactam a produção e o crescimento econômico do Brasil.

“Precisamos acabar com este emaranhado de legislações que encarece a nossa produção e dificulta o crescimento econômico. A Reforma Tributária é uma oportunidade única para garantir um ambiente de negócios mais favorável, não apenas para as empresas, mas para todos os brasileiros”, declarou Braga.

Plano de trabalho será apresentado na próxima quarta-feira, 16. Foto: Agência Senado

Eduardo Braga também destacou o protagonismo da Zona Franca de Manaus no que diz respeito à geração de empregos e renda na região, que se alinha com a preservação ambiental. 

“Graças à Zona Franca, conseguimos financiar o Amazonas sem devastar nossas florestas. É fundamental que a Reforma Tributária assegure os incentivos necessários para que possamos continuar promovendo investimentos que beneficiem nossas futuras gerações”, afirmou.

Nomeação 

Em julho deste ano, o senador já tinha sido escolhido como relator da reforma. Porém, a oficialização só aconteceu agora, quase três meses depois. Diante disso, Braga agradeceu pela confiança depositada, citando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o Senador Davi Alcolumbre, após a retirada do pedido de urgência constitucional por parte do governo para que as negociações avançassem. 

“Com o apoio de todos os senadores e um diálogo aberto com o Governo Federal e a Câmara dos Deputados, trabalharemos juntos para garantir mais empregos e renda para o povo brasileiro”, concluiu o senador.

Entenda a reforma

Após 35 anos de debates e promulgação, a tramitação da regulamentação da Reforma Tributária já começou na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. 

De acordo com o Ministério da Fazenda, a reforma terá impactos positivos sob as perspectivas econômica, social e federativa: 

Econômica: estima-se que a reforma tributária gerará um crescimento adicional da economia de 12% a 20% em 15 anos. Hoje, esses 12% representariam R$ 1,2 trilhão a mais no PIB de 2022. Ou seja, se a Reforma tivesse sido aprovada há 15 anos, cada brasileiro teria hoje, em média, mais R$ 490,00 por mês de renda. 

Setorial: mesmo no cenário conservador e considerando a adoção de uma alíquota padrão, sem exceções, todos os setores seriam beneficiados pela Reforma Tributária: agro (+10,6%), indústria (+16,6%) e serviços (+10,1%).

Social: projeta-se que a reforma gerará de 7 a 12 milhões de novos empregos e aumentará o poder de compra de todas as faixas de renda, especialmente dos mais pobres.

Federativa: a passagem da arrecadação da origem para o destino beneficiará os estados e municípios mais pobres da Federação, que passarão a ter mais recursos para atender a seus cidadãos. Considerando os tributos abarcados pela Reforma, a diferença de receitas entre os municípios mais ricos e os mais pobres, que hoje é de 200 vezes, será reduzida para 15 vezes. 

Zona Franca de Manaus

O tratamento tributário favorecido aos bens produzidos na Zona Franca de Manaus (ZFM) será mantido com a Reforma Tributária e poderá ser implementado por meio de: 

• Alteração das alíquotas e das regras de creditamento do IBS e CBS; 

• Ampliação da incidência do Imposto Seletivo para alcançar os bens produzidos na ZFM. A Reforma ainda cria o Fundo de Sustentabilidade e Diversificação Econômica do Estado do Amazonas, financiado pela União, para fomentar o desenvolvimento e a diversificação de suas atividades econômicas. 

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