<p>“Tenho o direito de ser tratada com dignidade" ressaltou a atriz, professora e pesquisadora em Teatros Negros, identificada como Isabel Oliveira, após ser perseguida por um segurança do supermercado Atacadão localizado no bairro Portão, em Curitiba, no Paraná, nesta semana. Como forma de protesto, Isabel tirou a roupa e ficou apenas de calcinha e sutiã. A professora também chegou a afirmar que o ato foi para mostrar que não oferecia perigo.</p>
<p>“A gente não pode continuar sendo tratados como marginais. Eu só entrei pra fazer as minhas compras, não estava oferecendo risco nenhum para ninguém”, disse a professora aos prantos. Isabel, revelou ainda que chegou a ligar para a delegacia da sua região, porém disseram que a simples perseguição registrada por ela não bastaria para enviarem uma viatura.</p>
<p>“Eu liguei na delegacia e eles perguntaram se eles tinham se recusado a me atender, ou algo que se caracterizasse com racismo, porque nada aconteceu, o segurança só estava cumprindo o papel dele. E o papel dele deve ser perseguir uma pessoa preta dentro do mercado. Não dá pra admitir”, relatou a vítima.</p>
<!-- wp:embed {"url":"https://www.youtube.com/watch?v=yU8jwIUQ8_su0026feature=youtu.be","type":"video","providerNameSlug":"youtube","responsive":true,"align":"center","className":"wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"} -->
<figure class="wp-block-embed aligncenter is-type-video is-provider-youtube wp-block-embed-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=yU8jwIUQ8_s&feature=youtu.be
</div><figcaption>Vídeo com relato da professora</figcaption></figure>
<!-- /wp:embed -->
<!-- wp:embed {"url":"https://twitter.com/monicacunhario/status/1645097695667691524","type":"rich","providerNameSlug":"twitter","responsive":true} -->
<figure class="wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter wp-block-embed-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://twitter.com/monicacunhario/status/1645097695667691524
</div><figcaption>Momento da professora fazendo protesto no supermercado, postado por ela no seu perfil do Twitter</figcaption></figure>
<!-- /wp:embed -->
<p>Outra acusação de racismo envolvendo o nome do grupo Carrefour ganhou destaque na mídia: na última sexta-feira (7), o cantor e apresentador Vinicius de Paula, casado com a bicampeã olímpica de vôlei Fabi Claudino, denunciou nas redes sociais o caso de racismo.</p>
<p>Ao lado de Fabiana e seu advogado, Vinícius compartilhou um vídeo nas redes sociais no último sábado (8), relatando que sofreu injúria racial dentro de uma unidade do supermercado em Alphaville, São Paulo. Na postagem, ele relata que tentou usar um caixa preferencial que estava, mas que a funcionária se negou a atendê-lo alegando que poderia levar uma multa. Na sequência, ele diz que passou para outro caixa e que enquanto esperava, viu uma cliente branca ser atendida no caixa preferencial que o recusou.<br><br>"Ninguém soube explicar, mas eu sei o que aconteceu. Sei o que senti. Se o Carrefour não fosse uma empresa com histórico racista, eu ia dizer que foi simplesmente uma situação não comum", afirmou Vinícius na gravação. Ele prosseguiu dizendo que demorou a entender e acabou chorando no carro: "Coração está doendo", completou.</p>
<p>Fabiana Claudino também usou o Twitter para se manifestar sobre o caso. "Fico pensando até quando @carrefourbrasil? Meu marido passou por uma situação de racismo na unidade de Alphaville e ninguém fez nada! A situação foi tão esdrúxula que ele até demorou a entender que estava sofrendo racismo! Vocês não querem mudar esse histórico mesmo né?", escreveu ela em sua conta oficial.</p>
<figure class="wp-block-embed aligncenter is-type-rich is-provider-twitter wp-block-embed-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
</div><figcaption>Vídeo retirado do perfil oficial do Vini</figcaption></figure>
<!-- /wp:embed -->
<h2>Posicionamento</h2>
<p><strong>A assessoria de imprensa do Carrefour se posicionou por meio de nota:</strong></p>
<p><br>"A rede informa que a situação com o cliente aconteceu no dia 7/04, às 15h e, imediatamente, a colaboradora foi afastada pela gerência, e no mesmo dia foi desligada. Acolhemos o cliente e nos mantivemos abertos ao diálogo. Repudiamos qualquer tipo de discriminação e temos uma política de tolerância zero contra este tipo de comportamento inadequado", informa a nota.</p>