A seca severa que atinge o Amazonas está impactando diretamente os custos de produção na Zona Franca de Manaus (ZFM), de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). A infraestrutura fluvial, essencial para o abastecimento da região, tem sido fortemente prejudicada, forçando as indústrias a buscarem rotas alternativas e aumentando os gastos logísticos.
Conforme o presidente da Fieam, Antonio Silva, diversas empresas já adotaram medidas preventivas para mitigar os riscos de desabastecimento, como o aumento dos estoques de insumos e a alteração das rotas de transporte. “Essas ações, embora necessárias, acabam por encarecer os custos de produção e podem refletir no preço final dos produtos”, ressalta Silva.
Para enfrentar a estiagem, o Governo Federal está implementando ações, como a dragagem dos rios Amazonas e Madeira, com o objetivo de garantir a navegação. Além disso, a liberação de licenças ambientais para a instalação de portos flutuantes entre Itacoatiara e o Rio Madeira busca facilitar o transbordo de mercadorias.
Entretanto, Silva destaca que, frente a condições climáticas extremas, não há uma solução única.
“Precisamos de rapidez para concluir as medidas em andamento e reduzir os impactos mais graves da seca”, conclui o presidente da Fieam.