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CMM aprova reajuste de 3,69% aos professores, após meses de pressão: “o prefeito não queria recuar”

Outro projeto aprovado pelos vereadores foi o reajuste salarial de 1,58% aos servidores da rede municipal de saúde (Semsa)

Escrito por
Rhyvia Araujo
June 13, 2024
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Foto: Reprodução/CMM

Após meses de pressão do movimento sindicalista e divergências entre a oposição e base aliada, prevaleceu o reajuste salarial de 3,69% aos servidores da área de Educação, referente à data-base 2023/2024. A votação da matéria aconteceu nesta quarta-feira (12). Além do Projeto de Lei n.º 309/2024, outro projeto aprovado pelos vereadores foi o reajuste salarial de 1,58% aos servidores da rede municipal de saúde (Semsa). Os projetos foram à sanção do prefeito David Almeida (Avante), só depois disso é que os servidores poderão receber os salários reajustados.

Em contrapartida, uma emenda apresentada ao projeto dos educadores, reivindicando que a retroatividade fosse em abril, acabou sendo rejeitada na Comissão de Constituição e Justiça. “A luta foi árdua, pois o prefeito (David Almeida) não queria recuar e os vereadores da sua base argumentaram que não seria possível modificar a Lei Orçamentária. Mas, nosso Sindicato não se curvou e continuou lutando e apresentamos uma Emenda ao Projeto, reivindicando que o reajuste salarial fosse retroativo a abril, e não a maio, como o Prefeito determinou. Infelizmente, essa Emenda não foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, e por isso ela nem foi ao plenário, ficando na vontade do prefeito”, diz trecho da nota enviada ao Diário. 

Durante apreciação da matéria, o líder do prefeito e vereador, Eduardo Alfaia (Avante), ressaltou que a gestão de David Almeida trabalha em prol de melhorias na Educação. O discurso, no entanto, teve efeito contrário e provocou descontentamento entre os professores presentes na galeria da Casa Legislativa, sendo necessário a interrupção do presidente da CMM, vereador Caio André (União Brasil).

— Vereador Eduardo Alfaia, perdão, eu peço à Galeria, que nós respeitemos a palavra do vereador, após o término, vossas excelências podem até manifestar, mas que nós respeitemos a palavra do vereador, ok? —, disse Caio André.

Em tom ácido e direcionado aos professores, Alfaia retrucou: “obrigado presidente, é o que se espera de quem é no mínimo educado, obrigado pela intervenção. Esse projeto, em nenhum momento, foi fruto de mobilização por parte de manifestantes, foi uma ação proativa do Executivo”.

Mas, por meio de nota, representantes da AspromSindical, lembraram que a proposta inicial apresentada pelo prefeito David Almeida era estabelecida em 1,25%. “A luta iniciou, em março, com a reivindicação de verdadeira valorização salarial, com a busca de aumento real de salário, e com a rejeição do percentual (apresentado pelo Prefeito) de 1, 25% do INPC, pela categoria”.

Nas redes sociais, os comentários de Eduardo Alfaia geraram repercussão negativa. “​Gostaria de saber do vereador que "proatividade" é essa que ele diz que o prefeito tem quando ele só manda o projeto para Câmara no limite do prazo da legislação eleitoral”; “Não tem sensibilidade de prefeito coisa nenhuma, basta ver o reajuste da SEMSA, se a educação conquistou melhor ajuste foi com luta e não com benevolência de prefeito”. 

 

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