A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da Central Nuclear de Fukushima, informou que um vazamento de 5,5 toneladas de água radioativa foi detectado no complexo, mas foi contido no interior da instalação.
O incidente foi identificado por trabalhadores pouco antes das 10h (horário local) em um dispositivo usado para purificar e tratar águas residuais, durante uma operação de limpeza, de acordo com comunicado divulgado pela Tepco nesta quarta-feira (8).
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Embora a água contaminada tenha sido estimada em conter cerca de 22 mil milhões de becquerels, um valor mil vezes menor que o utilizado na radioterapia para o tratamento de câncer, a Tepco reconheceu que poderia conter até 220 vezes o nível máximo de materiais radioativos estabelecidos pelas autoridades japonesas, como césio-137 e estrôncio 90.
A operadora assegurou que o vazamento não teve impacto na área externa da central e que não houve mudanças significativas nos dados de monitoramento da radioatividade ao redor da instalação.
A empresa isolou a área afetada, recolheu a água vazada e está realizando análises. A Tepco também admitiu a possibilidade de parte da água ter penetrado no subsolo, que será removida e examinada.
Em agosto, o governo japonês anunciou um plano para descarregar 1,3 milhão de metros cúbicos de águas residuais tratadas e diluídas de Fukushima no Oceano Pacífico, sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Esta iniciativa, prevista para continuar até 2050, visa a eliminação de água contaminada contendo trítio em níveis considerados de baixo impacto para o meio ambiente e a saúde humana.
O desastre na Central Nuclear de Fukushima Daiichi, desencadeado por um terremoto seguido de tsunami em 11 de março de 2011, resultou no derretimento de três reatores e na liberação de grandes quantidades de radiação na região.