“Merenda escolar” foi novamente alvo de discussões na Câmara Municipal de Manaus (CMM). A oposição, nesta segunda-feira (27), foi incisiva em criticar a gestão do prefeito David Almeida (Avante) ao alegar que os alunos do município não têm acesso a um cardápio de qualidade. A base aliada, por outro viés, rebate que não há escassez na alimentação oferecida à rede municipal.
“A secretaria Dulce trabalha com muito empenho, a gente tem que fazer as críticas, mas trazer soluções. Só o fato de dizer que precisa melhorar, melhorar onde? Cadê a tua nutricionista? Reúna, indique uma nutricionista pra sentar lá com a Semed pra gente poder elaborar o melhor. O melhor pra um às vezes não é melhor para o outro”, disse o vereador Gilmar Nascimento (Avante), ao ressaltar que a oposição deve apresentar soluções antes de pontuar reclamações.
Na tribuna, o vereador Capitão Carpê (PL) reconhece que os nutricionistas da Secretaria Municipal de Educação (Semed) tem o devido conhecimento técnico para compor as refeições das crianças e adolescentes, no entanto, o teor crítico foi voltado ao valor do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) repassado à Prefeitura de Manaus.
“Essa é a merenda da vergonha! É inaceitável que com verba federal e um orçamento de R$ 2,3 bilhões a Semed sirva uma merenda escolar precária. Estamos falando de crianças carentes que infelizmente é a principal refeição do dia na escola” afirmou.
O assunto repercutiu após a polêmica declaração do vereador Professor Samuel (PSD) na última quarta-feira (22).
Ele foi enfático ao alegar que “Merenda é merenda, não é almoço. Eu não posso encher de proteínas e tal, e tal. Porque se não o menino chega em casa e ele nem almoça”.
Hoje (27), Samuel disse que foi mal interpretado pela mídia e declarou que defende uma merenda de boa qualidade nas escolas de Manaus.
“Uma pessoa que assiste um vídeo e faz pré-julgamento de um recorte de uma fala de uma outra pessoa. Infelizmente, a mídia tem esta força, às vezes positiva, às vezes negativa, mas eu tenho uma história. Eu tenho uma história na educação. Não é uma fala solta ou um pedaço recortado que vai tirar de um ser humano, de uma pessoa que tem no parlamento uma obrigação, uma dedicação e muito maior quando eu fui gestor de escola”, diz o vereador.