O Brasil encerrou sua participação nas Paralimpíadas de Paris 2024 com um feito inédito: 89 medalhas conquistadas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, o que garantiu ao país a quinta posição no quadro geral de medalhas, sua melhor colocação na história do evento. A delegação brasileira protagonizou uma verdadeira batalha com a Itália pela posição até o último dia dos Jogos, conquistando a virada com dois ouros decisivos no halterofilismo e na canoagem.
Essa campanha vitoriosa é fruto de um planejamento estratégico iniciado em 2017 pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que priorizou a inclusão e o desenvolvimento de novos talentos através de iniciativas como o Festival Paralímpico e a Escolinha Paralímpica. Para o presidente do CPB, Mizael Conrado, o resultado é a consolidação de um trabalho voltado à criação de oportunidades para pessoas com deficiência no esporte de alto rendimento.
Além disso, o desempenho nas Paralimpíadas do Rio 2016 foi um divisor de águas para o crescimento do paradesporto brasileiro, com a criação de estruturas como o Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo, apontado como crucial para o sucesso da equipe em Paris.
Dentre os destaques da campanha, as mulheres brasileiras brilharam, conquistando 13 dos 25 ouros. Na natação e no atletismo, o Brasil somou, respectivamente, 26 e 36 medalhas, com o judô surpreendendo nos últimos dias ao garantir quatro ouros, impulsionando o país ao recorde de medalhas.
Com esse resultado, o Brasil consolida sua posição como uma das maiores potências paralímpicas do mundo, ao lado de países como China, Grã-Bretanha e Estados Unidos.