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Brasil alcançou a marca de 100,7 milhões de pessoas com alguma ocupação em 2023

Escrito por
Redação
June 21, 2024
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Foto: Internet

Em 2023, a população brasileira ocupada alcançou 100,7 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número representa um aumento de 1,1% em relação a 2022, quando a população ocupada era de 99,6 milhões, e de 12,3% em comparação a 2012, quando o número era de 89,7 milhões.

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO EM IDADE DE TRABALHAR

O total da população em idade de trabalhar aumentou 0,9% em relação a 2022, chegando a 174,8 milhões de pessoas em 2023. O nível de ocupação, que indica a proporção de pessoas empregadas, foi estimado em 57,6% neste ano.

EMPREGO COM CARTEIRA ASSINADA E SETOR PÚBLICO

A porcentagem de empregados com carteira assinada no setor privado subiu de 36,3% em 2022 para 37,4% em 2023, totalizando 37,7 milhões de trabalhadores, o maior número da série histórica. No entanto, os empregados sem carteira assinada no setor privado caíram 0,3 ponto percentual, atingindo 13,3%, embora esse índice ainda seja um dos maiores da série histórica.

Os empregados no setor público, incluindo servidores estatutários e militares, mantiveram uma participação estável de cerca de 12%, somando 12,2 milhões de trabalhadores em 2023. Os trabalhadores domésticos também permaneceram estáveis, representando 6% dos ocupados.

DECLÍNIO NA SINDICALIZAÇÃO

A taxa de sindicalização continuou em declínio, com apenas 8,4% dos ocupados sendo associados a algum sindicato em 2023, comparado a 9,2% em 2022. As regiões Nordeste (9,5%) e Sul (9,4%) apresentaram os maiores índices de sindicalização, enquanto Norte (6,9%) e Centro-Oeste (7,3%) tiveram os menores.

DIFERENÇAS POR ATIVIDADE E GÊNERO

A atividade de Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura teve uma queda na taxa de sindicalização, caindo para 15%. A Administração Pública, Defesa e Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais também apresentou uma redução na sindicalização, com uma taxa de 14,4% em 2023.

Os empregados com carteira assinada no setor privado, trabalhadores familiares auxiliares e empregados no setor público apresentaram as taxas de sindicalização mais elevadas, sendo 10,1%, 10,4% e 18,3%, respectivamente. Por outro lado, os empregados sem carteira assinada no setor privado (3,7%) e trabalhadores domésticos (2%) tiveram as menores taxas.

IMPACTO DA REFORMA TRABALHISTA E OUTROS FATORES

Segundo o IBGE, a expansão da população ocupada nos últimos anos não resultou em um aumento da cobertura sindical no país. Esse fenômeno pode ser atribuído a vários fatores, como a introdução de modalidades contratuais mais flexíveis pela reforma trabalhista de 2017 e o uso crescente de contratos temporários no setor público.

EMPREGADORES E TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA

O número de empregadores e trabalhadores por conta própria manteve-se praticamente estável em 2023, com uma estimativa de 29,9 milhões de pessoas. Destas, 9,9 milhões (33%) estavam registradas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), uma queda em relação a 2022.

Embora os homens predominem entre empregadores e trabalhadores por conta própria (64,6%), o percentual de registros no CNPJ é ligeiramente maior entre as mulheres (34,5%) do que entre os homens (32,3%).

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