Entre março de 2020 e julho de 2021, agentes de inteligência do governo Bolsonaro elaboraram mais de mil relatórios sobre a pandemia de covid-19, com projeção do aumento de casos e mortes no Brasil. Os documentos, que foram mantidos em sigilo durante a gestão do ex-presidente, reforçam que ele ignorou as recomendações de segurança a serem tomadas.
Os relatórios citam a vacinação e o distanciamento social como formas eficazes de controlar a doença, mostram estudos que desaconselham o uso da cloroquina e alertam sobre possibilidade de colapso da rede de saúde e funerária no Brasil. Enquanto esses alertas eram levantados, Bolsonaro incentivava a população a sair sem máscara, usar o remédio sem eficácia comprovada e não se vacinar.
Os relatórios também falam sobre a crise de oxigênio no Amazonas e da possibilidade do caso ocorrer nas demais regiões. Bolsonaro também ignorou o colapso na época.
Até o momento, o ex-presidente e seus secretários ainda não se manifestaram a respeito da situação.