A Bolsa de Valores brasileira viveu um dia histórico nesta quinta-feira (14), ultrapassando a marca dos 130 mil pontos e fechando no nível mais alto já registrado. O otimismo foi impulsionado pelas perspectivas de redução das taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou a quinta-feira com uma alta de 1,06%, atingindo os 130.842 pontos. Apesar de uma breve perda de fôlego durante a tarde, a recuperação no final das negociações garantiu um aumento acumulado de 2,76% ao longo de dezembro.
No entanto, o mercado de câmbio teve um desempenho menos otimista. O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 4,914, registrando uma leve queda de 0,07%. Após a decisão do Federal Reserve dos EUA, a moeda norte-americana chegou a atingir R$ 4,87 na mínima do dia por volta das 11h50. Contudo, a derrubada do veto à desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso brasileiro reduziu o entusiasmo, gerando preocupações entre os investidores quanto ao impacto fiscal dessa medida.
O mercado financeiro global experimentou um dia de euforia após o Federal Reserve não alterar as taxas de juros nos EUA, indicando uma possível redução de 0,75 ponto percentual ao longo de 2024. Esse cenário, associado ao corte de 0,5 ponto na taxa Selic decidido pelo Copom no Brasil, estimula a entrada de capitais externos em países emergentes.
Apesar do ambiente favorável, um ponto negativo marcou o dia: a derrubada do veto à desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso. Mesmo com a promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de questionar a constitucionalidade da proposta no STF e apresentar uma alternativa sem impacto fiscal, os investidores permanecem tensos. O Ministério da Fazenda estima que a medida pode resultar em uma perda de arrecadação de R$ 25 bilhões em 2024, destacando a preocupação em relação aos impactos na Previdência Social.