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July 23, 2022
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<p>Os bois da categoria Master A se apresentam neste sábado (23/07), a partir das 20h, encerrando a 64ª edição do Festival Folclórico do Amazonas. Os espetáculos dos bumbás Brilhante, Corre Campo e Garanhão são gratuitos e acontecem no Centro de Convenções – Sambódromo, localizado no bairro Dom Pedro, zona oeste da capital. </p>

<p>Defendendo as cores azul e branca, o boi Brilhante é o primeiro a se apresentar (20h), levando para a arena o tema “Nós, Guerreiras!”. A temática faz referência às mulheres independentes, lutadoras, resistentes, ribeirinhas, quilombolas e indígenas. A toada tema de 2022 está disponível no YouTube (Boi Bumbá Brilhante Oficial). </p>

<p>“Minha história no boi começou quando o Brilhante ainda realizava os ensaios no bairro São José dos Campos, na zona leste de Manaus. O boi Brilhante representa a cultura do manauara e fico muito feliz a cada ano que nos apresentamos”, disse o brincante Reginaldo Motta, 37, que há 22 anos tambor na Ritmada do Brilhante.</p>

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<figure class="wp-block-image aligncenter size-large is-resized"><img src="https://diariodacapital.com/wp-content/uploads/2022/07/EB1C9352-DFDA-40AB-A699-250B31D9D5E2-692x1024.jpeg" alt="" class="wp-image-4869" width="298" height="440"/></figure>

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<h2>Resistência cultural</h2>

<p>Em seguida, às 22h, é a vez do boi Corre e Campo, atual tetracampeão do festival, pintar o Sambódromo de vermelho e branco. O tema “O Boi da Resistência” celebra a força popular que a brincadeira representa através da resistência cultural e artística, ressaltando as contribuições sociais e culturais dos povos indígenas e de nergos africanos escravizados por colonizadores.</p>

<p>Há sete anos representando o item Rainha do Folclore no Corre Campo, Jennifer Santos, 24, fala sobre a emoção de voltar a dançar, após se recuperar de um problema no tornozelo.</p>

<p>“Minha preparação foi árdua, há dois meses rompi o ligamento e fiquei afastada. Tive todo um tratamento e um cuidado para poder estar de volta e participar do festival deste ano. Faço fisioterapia todos os dias, além de treinos de musculação”, disse a jovem.</p>

<p>“É uma honra fazer parte do boi mais antigo e tradicional, que tem sua comunidade sempre presente no Festival Folclórico do Amazonas. Sempre fui Corre Campo desde pequena, porque minha família sempre participou”, acrescentou Jennifer.</p>

<p>O Corre Campo tem disponível nas plataformas digitais um álbum com as 16 toadas de 2022.</p>

<h2>Súplica pela preservação</h2>

<p>Fechando a noite de apresentações, o Garanhão - verde e branco do bairro Educandos, começa o espetáculo “Taba, Filhos da Mãe Amazônica” à meia-noite. O tema é um grito de preservação, um clamor em favor das florestas, rios e animais. É possível escutar o CD com nove toadas nas principais plataformas musicais.</p>

<p>Estreante como item oficial do Garanhão, o pajé Vitor Santos, 23, promete uma apresentação memorável. </p>

<p>“É sempre uma ansiedade gostosa esses dias que antecedem a apresentação. Deixo registrado à minha nação verde e branca e a todos que me acompanham e torcem por mim, que darei meu máximo para trazer o título do item 15. Conto com as energias e orações de todos para formarmos uma corrente forte do bem no Sambódromo”, ressaltou Vitor.</p>

<h2>Outras apresentações</h2>

<p>Além da categoria Master A, na sexta-feira (22/07) também se apresentaram no Sambódromo os bois da categoria Master B: Tira Prosa, Clamor de um Povo e Galante. O festival teve início no dia 10 de julho e, ao todo, contou com 70 apresentações. </p>

<p>Até a última quinta-feira (21/07), todos os espetáculos vinham sendo realizados no Centro Cultural Povos da Amazônia (antiga Bola da Suframa); e passaram a ocorrer no Sambódromo apenas na sexta, atendendo a uma solicitação da coordenação dos bumbás.</p>

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