O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (2) que reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros ao patamar de 13,25% ao ano. O corte, que é o primeiro desde agosto de 2022, era esperado pela maior parte do mercado financeiro.
A decisão não foi unânime, com 5 diretores votando a favor da redução de 0,5 p.p, contra 4 que se colocaram a favor de um corte menor, de 0,25 p.p. O Copom destacou no comunicado que avaliou na possibilidade do corte mais suave, mas que, no fim das contas, “considerou ser apropriado adotar ritmo de queda de 0,50 ponto percentual em função da melhora” da inflação.
Se houver a confirmação do cenário esperado, os membros do Copom, unanimemente, “anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
No comunicado, o Comitê informou que seus integrantes avaliaram que, por conta da melhora do quadro inflacionário, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional (CMN) em manter a meta do indicador, foi possível “acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”.
O órgão reforçou “o firme objetivo de manter uma política monetária contracionista para a reancoragem das expectativas e a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante”.
O corte da Selic é uma boa notícia para a economia brasileira, pois deve ajudar a estimular o crescimento e a gerar empregos. No entanto, ainda há incertezas sobre o cenário econômico, e o BC terá que continuar monitorando a inflação para avaliar se é necessário fazer novos cortes na Selic.