Caso você seja uma pessoa que se preocupa com skin care e cuidados estéticos, aposto que você já viu a babosa ser usada em diversos produtos, como hidratantes, cremes e shampoos. Mas você já viu ela sendo usada como supercapacitor?
Uma equipe chinesa usou a babosa para criar um capacitor, adicionando como único componente externo um fio de ouro.
Os capacitores são formados por dois eletrodos em formato de placas, que são imersas também em um eletrólito, mas separadas por uma membrana.
Quando a tensão é aplicada ao capacitor, os íons positivos do eletrólito se acumulam na placa negativa, enquanto a placa positiva acumula íons negativos e se atraem.
A membrana entre as placas impede que esses íons carregados completem a viagem. Essa separação de cargas cria um campo elétrico entre as placas, o que carrega o capacitor. As placas podem manter essa energia por bastante tempo e liberá-la muito rapidamente quando necessário.
Experimento
Para fazer os eletrodos, a equipe de cientistas esquentaram a casca da babosa, a parte externa da folha, a altas temperaturas.
Com o carvão ativado eles fizeram as placas. O “gel” do interior da planta foi congelado para fazer um aerogel, que atuou como eletrólito condutor de energia.
O supercapacitor de 4 milímetros foi colocado dentro da babosa, e os pesquisadores então usaram painéis solares para carregar os capacitores das plantas ou plantas eletrônicas (e-plantas) como estão sendo chamadas.
Com a energia acumulada as plantas eletrônicas podem servir como fonte de energia para pequenas lâmpadas e relógios digitais.