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As estradas da Amazônia

Os rios da Amazônia funcionam como verdadeiras "estradas" de água nos deslocamentos da população que mora no local.

Escrito por
Redação
January 14, 2024
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Viagens em embarcações pelos rios da região podem durar horas, dias ou até semanas, depende da embarcação (barco, lancha, canoa, etc.) e depende se o período dos rios é de seca (normalmente segunda metade do ano) ou enchente (primeiros meses do ano). Na Amazônia, rios são estradas que ligam as principais cidades. Juntos, eles somam mais de 25 mil quilômetros de vias navegáveis. A educação e a saúde dependem das águas para chegar às comunidades mais isoladas da região. Dessa forma, as hidrovias correspondem ao meio de transporte mais importante de deslocamento e comunicação entre as cidades da região.

Os principais rios navegáveis da região amazônica são o Solimões/Amazonas, o Negro, o Branco, o Madeira, o Purus e o Juruá, e a navegação hidroviária é o único meio de acesso a quase totalidade dos municípios da região. A calha principal da bacia amazônica, que compreende o rio Solimões/Amazonas, possui capacidade para receber desde embarcações fluviais até navios oceânicos.

A região hidrográfica da Amazônia é formada por córregos, restingas, praias, igarapés, matas inundadas, lagos de várzea, dentre outros. Assim, muitos rios caudalosos formam a Bacia Amazônica sendo os principais:

Rio Negro

É o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, o mais extenso rio de água negra do mundo, com 1.700 km; seus principais afluentes são o Rio Branco e o rio Vaupés.

O rio Negro é navegável por 720 km acima de sua foz e pode chegar a ter um mínimo de 1 m de água em tempo de seca; na estação das chuvas, transborda, inundando as regiões ribeirinhas em distâncias que vão de 32 km até 640 km.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Solimões

O Rio Solimões é um rio que nasce no Peru e que banha o estado do Amazonas. Ao entrar no Brasil, no município de Tabatinga, recebe o nome de Solimões. Tem como afluentes da margem direita os rios Javari, Jutaí, Juruá e Purus na margem esquerda os rios Içá e Japurá, totalizando aproximadamente 1.700 km.

Sua profundidade varia entre 8 e 20m, sendo seu período de enchente de fevereiro a junho e de vazante de julho a outubro. Ele é importante fonte de alimento, transporte, comércio, pesquisas científicas e lazer.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Madeira

Nascido da junção dos rios Mamoré e Guaporé, em frente a Cachoeira “Madeira”, possui 3.240 Km de extensão. Pode ser navegável de sua foz até a cabeceira de Santo Antônio na divisa com os estados do Amazonas e Mato Grosso; O principal braço do Madeira deságua no Amazonas com cerca de 50 km a montante da cidade de Itacoatiara;

Carrega restos de árvores, terras caídas, principalmente na enchente. Durante as estiagens emergem bancos de areia que mudam de direção nas cheias.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Trombetas

O rio Trombetas é um curso de água que banha oestado do Pará, no Brasil, com 760 km. Seus afluentes nascem no rio Cafuini, na Guiana, e o rio Anamu, que nasce na fronteira da Guiana com o Suriname.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Purus

O rio Purus é um curso de água da Amazônia, que percorre o território do Peru e dos estados brasileiros do Acre e do Amazonas, com 3.382 km. Com águas barrentas iguais a do Solimões e variando de cor conforme a época da enchente ou vazante, esse rio nasce com o nome de Pucani, na serra de Contamana que o separa da bacia do rio Ucayalli. Seus principais formadores são os riachos Curiuja e Cujar.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Tapajós

O rio Tapajós é um afluente da margem direita do rio Amazonas. Tem início no estado do Mato Grosso, onde está sua nascente. Afoz do Tapajós é no rio Amazonas, próximo à cidade de Santarém. Possui extensão de 1.784 metros. A vazão média é de 13.450 m³/segundo.

Os principais rios afluentes do Tapajós são: Jamanxim, Crepori, Juruena, Arapiuns, Curucu e rio das Tropas. Possui águas de coloração esverdeada, azulada ou cristalina, dependendo da região.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Branco

O rio Branco tem sua foz na margem esquerda do rio Negro na divisa entre os estados de Roraima e Amazonas. É cortado por duas pontes, uma em Boa Vista (ligando-a ao município de Cantá), a ponte dos Macuxis, a norte, com cerca de 1.200 metros de extensão, e por outra em Caracaraí, no centro do estado, com aproximadamente 700 metros de extensão.

Rio Javari

Rio Javari é um afluente do Rio Solimões e do Rio Amazonas. Nasce no Peru, na serra da Contamana. Toda a sua extensão, cerca de1.180 km, serve de divisa entre Brasil e Peru, sendo toda a margem direita brasileira e a esquerda peruana, deságua no rio Solimões, junto a cidade de Benjamin Constant.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Juruá

Afluente da margem direita do Rio Solimões. Nasce na Serra de Contamana, no Peru. Apresenta uma extensão de 3.350 km com sua foz localizada próximo à Vila de Tamanicoá, aproximadamente 450 milhas de Manaus. É o mais sinuoso rio da margem direita.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Xingu

O rio Xingu, de 1.979 km de extensão, corre do cerrado da região central do estado do Mato Grosso, rumo ao norte na Amazônia. A sua bacia cobre uma área de 531.000 km². 25.000 índios, de 18 grupos étnicos distintos, vivem ao longo do Xingu.

Esse rio é fonte de vida para diversos povos, sobretudo indígenas e ribeirinhos, e suas margens são habitadas por vários povos. O Baixo Xingu também é palco de uma natureza riquíssima, abriga ribeirinhos e povos indígenas, como os Araweté e outras etnias.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Japurá

O Rio Japurá (chamado Caquetá na Colômbia) é um rio que nasce na Colômbia e que banha no Brasil o estado do Amazonas. Éafluente da margem esquerda do rio Solimões.

Possui extensão estimada de 2.100 km, sendo 1.367km em território colombiano e 733 km em território brasileiro. Tem sua foz emdelta, com oito ramificações.

Foto: Divulgação/Internet

Rio Iça

Afluente do Amazonas, o Rio Içá Içá possui 1.645quilômetros de extensão, com a maior parte de seu percurso no estado brasileiro do Amazonas.

Deságua no rio Amazonas próximo a cidade de Santo Antônio do Içá, com uma desembocadura de 700 metros de largura aproximadamente e uma altitude, neste ponto, de 55 metros; É navegável quase na totalidade.

Foto: Divulgação/Internet

Fonte (Capa): Reprodução/Internet

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