O Centro Histórico de Manaus será palco, pela primeira vez, da programação paralela do Circuito Urbano de Arte: o Cura Amazônia. O evento promete conectar o público através de uma edição rica e gratuita que engloba a arte urbana. O Cura propõe ainda levantar debates sobre a diversidade artística, durante os dias 10, 11 e 12 de agosto, com quatro rodas de conversas, DJs e dois shows musicais. Ao mesmo tempo, os artistas Denilson Baniwa e Olinda Silvano seguem com a finalização de suas obras nas empenas dos edifícios Cidade de Manaus e Rio Madeira, respectivamente, localizados no Centro de Manaus.
A primeira atividade acontece hoje, a partir das 18h, no Casarão de Ideias, localizado na Rua Barroso, Centro. O público poderá conferir a mesa de abertura “O CURA na Amazônia” com as participações de Janaina Macruz, Priscila Amoni e Juliana Flores, as três criadoras do projeto; e também com os artistas Denilson Baniwa e Olinda Silvano. Além disso, o artista e DJ LF também fará a sua participação no local.
– Participar do Cura para mim é algo muito importante, e esse evento vindo pra nossa cidade faz com que cada vez mais as pessoas de outras regiões do nosso país abram os olhos pra Amazônia –, ao Diário da Capital, LF conta ainda que a sua participação vai muito além da música. – Tem a ver com a gente valorizar a cultura dos nossos antepassados, como os murais que estão sendo feitos, que está sendo produzido por duas pessoas indígenas, uma aqui do Amazonas e outra que vem do Peru, mesclando as artes e trazendo mais brilho pra cidade, e para que nós possamos reconhecer que todos que moram aqui, de alguma forma tem ligação com os povos indígenas.
Ainda hoje, a partir das 20h30, o evento também contará com o pocket show do expoente grupo JDV Bruxos do Norte, composto pelos artistas VBlow, Dombrawl, Walle e LF. Conhecido por realizar shows de forma expressiva e repleto de muita “bruxaria”, o grupo conta que é um grande prazer fazer parte da programação do Cura Amazônia. Animados, eles prometem agitar a galera ao som de “Impuros”, “JDV BDN”, além de “Nunca perca seu caminho”, mais novo single que chega amanhã nas plataformas digitais.
– Fazer parte desse projeto que está vindo pela primeira vez é muito significativo pra gente, porque somos jovens que fazem parte dessa cultura. Chamar a gente para fazer a abertura desse momento de apresentação que acontece a partir de hoje, é muito importante. E o público não pode esperar menos do que aquela bruxaria de sempre que acontecem em cada show –, relata o artista Dombrawl.
Segundo e terceiro dia de evento
Já na sexta-feira, 11, a programação paralela acontecerá no Mirante de Arte, localizado na lateral do Teatro Amazonas, que possibilita uma vista privilegiada das empenas. A partir das 16h, a DJ Ana Lamego receberá o público para que às 18h30 inicie a roda de conversa “Construindo Juntos: Gestão da Cultura Local e Fomento à Cena de Arte Urbana em Manaus”, com as participações de Osvaldo Cardoso, diretor-presidente da Manauscult; Turenko Beça, artista e representante da Sec; e Beatriz Calheiros, historiadora e superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com mediação de Alessandro Hipz, grafiteiro e idealizador do Festival Black White. Ao final, o DJ Ravi comandará as picapes.
No último dia de Cura Amazônia, a programação ocorrerá tanto no Mirante de Arte quanto no Casarão de Ideias. No mirante, ela inicia às 15h30 com o DJ Mafel, seguido do DJ LF (16h30), show do artista Sants (19h), DJ Thai (20h) e show da banda Alaíde Negão (20h30). Porém, das 15h às 21h acontecerá uma feira criativa no local.
No Casarão, às 14h, haverá a roda de conversa “Como Pensar a Arte Indígena em Contato com a Ideia de Cultura Brasileira?” com as participações de Jaime Diakara, Tuniel Mura, Jaú, Sandra Benites e mediação de Thais Kokama. Em seguida, às 15h30, será a quarta e última roda de conversa batizada de “Conexões Artísticas: Festivais de Arte Pública em Manaus”, com Janaína Macruz, do Festival CURA; Rogério Amazon, do Festival FAW; Wira, do Festival Graffiti Queens e Hipz, do Festival Black White; com mediação de Virna Lisi.
Sobre o evento
O Cura Amazônia é uma realização da Agência Urbana de Arte (AGUA), com patrocínio da 3M, apoio da Tintas Coral, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC), Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Centro Cultural Casarão de Ideias (CCCI), Centro de Atenção à Saúde e Segurança no Trabalho (CASST) e Associação Intercultural de Hip Hop Urbanos da Amazônia (AIHHUAM), além da produção local do coletivo Graffiti Queens e incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura.