Em meio à polêmica em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala de trabalho 6×1, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) voltou a se pronunciar nesta terça-feira (12), após afirmar que não assinaria a proposta.
Por meio das redes sociais, Mandel declarou que solicitou uma análise técnica detalhada antes de qualquer decisão e esclareceu que a postura, até o momento, foi apenas uma “opinião prévia”. Segundo Mandel, existe a necessidade de melhorias no projeto.
“Entendo as diferentes realidades e argumentações. Tornei pública a minha opinião prévia diante do texto completo da PEC justamente para ouvir, para debater sobre prós e contras. Não me coloquei inflexível diante do diálogo – pelo contrário, na publicação inicial, disse que estava aberto a argumentos e poderia mudar de opinião”, afirmou Mandel.
O deputado também destacou que está comprometido a acompanhar a audiência pública que será realizada na Câmara dos Deputados, na qual especialistas e representantes de diferentes setores poderão expressar suas opiniões sobre a PEC. Ele afirmou que espera ouvir todos os pontos de vista antes de tomar uma decisão definitiva.
Mandel criticou ainda as interpretações que circulam nas redes sociais, as quais afirmam que ele já teria “votado contra” a PEC. Ele classificou a informação como “mentira” e reforçou que o texto ainda não foi levado a votação.
“ISSO SEQUER FOI VOTADO, embora muitas páginas locais tenham espalhado que eu “votei contra”. Levando isso em conta, alerto pra que ninguém caia nesse tipo de mentira”, escreveu o deputado nas redes sociais.
Vale ressaltar que a maioria dos deputados da bancada amazonense não se manifestaram sobre a proposta.
Entenda a PEC
De autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), a PEC propõe a redução da jornada de trabalho para quatro dias na semana, com três dias de descanso, estabelecendo a escala 4×3.
Até esta terça-feira (12), a PEC alcançou 134 assinaturas. Para que a proposta comece a tramitar oficialmente, ainda são necessárias 37 assinaturas, com um mínimo de 171 dos 513 deputados federais.
