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<p>Após anunciar sua saída e um possível rombo de R$20 bi, o ex-presidente-executivo das Americanas Sergio Rial participou de uma conferência fechada na manhã desta quinta-feira sobre os problemas contábeis divulgados na véspera pela companhia que indicam um buraco nas contas da empresa de pelo menos 20 bilhões de reais.</p>
<p>Na conferência, organizada pelo BTG Pactual e transmitida online para número limitado de participantes, Rial afirmou que, apesar de ficar por apenas 10 dias no comando das Americanas, encontrou sinais relacionados a falhas na identificação de financiamentos bancários que deveriam ter sido identificados como dívida.</p>
<p>"Uma das primeiras coisas que me chamou atenção é por que nas cartas de circularização aos bancos isso não aparece como dívida", disse Rial, fazendo referência a contratos das Americanas de financiamento voltados ao pagamento de fornecedores. Na véspera, a companhia divulgou um fato relevante com poucos detalhes afirmando que em uma análise "preliminar" identificou "inconsistências" contábeis que somam R$ 20 bilhões, mas que acredita que "o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial”.</p>
<p>Em sua fala, transmitida apenas em parte pelo canal do BTG Pactual no YouTube, Rial afirmou que identificou "sinais de que talvez o nível de transparência e talvez a vontade da própria gestão em querer falar de problemas e desafios não estivesse tão fluída na organização como deveria". As ações das Americanas indicavam forte queda nesta quinta-feira, com leilão de abertura mostrando tombo de pelo menos 50%. O movimento arrastava outras companhias para baixo, como Ambev, Via e Magazine Luiza.</p>