Na terça-feira (30), a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) divulgou o informe epidemiológico de esporotricose humana e animal, uma infecção subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix. Apenas na primeira metade de 2024 já foram registrados mais casos que em todo o ano de 2023.
Os fungos causadores da doença vivem naturalmente no solo, em cascas de árvores e na vegetação em decomposição, e podem infectar seres humanos através da pele ou mucosa.
Os sintomas incluem lesão similar a picadas de mosquito, tosse, falta de ar, febre e dor ao respirar. Em caso de suspeita de esporotricose humana, deve-se procurar uma unidade de saúde.
ESPOROTRICOSE HUMANA
De acordo com a FVS, de janeiro a 29 de julho deste ano foram notificados 921 casos de esporotricose humana no Amazonas, sendo 650 confirmados e 150 em investigação, sem registros de óbito. Os casos confirmados correspondem a residentes em Manaus (626), Presidente Figueiredo (15), Barcelos (5), Urucurituba (3) e Careiro (1).
A maior incidência ocorreu em pessoas do sexo masculino, com 57,4%, enquanto os casos em pessoas do sexo feminino chegaram a 42,6%. O mês com maior alta de ocorrências foi abril, com 125 casos.
Em 2023, de janeiro a dezembro, o Amazonas registrou ao todo 575 casos da doença, número 13% menor que o registrado no período atual.
ESPOROTRICOSE ANIMAL
A infecção também afeta animais, como cães, gatos e outros mamíferos, podendo ser transmitida através de arranhadura, mordedura ou lambedura, contato com secreções respiratórias e lesões na pele e mucosas. Em caso de suspeita de esporotricose animal, a orientação é levar o animal ao veterinário com urgência.
No Amazonas, apenas em Manaus foram notificados 1.702 casos de janeiro a julho de 2024, sendo 1.277 confirmados, 742 em tratamento e 529 eutanásias/óbitos. A maior ocorrência foi em gatos (97,7%), seguidos por cães (2,3%). Em 2023, o número total de casos em animais foi de 2.069.
A maioria das ocorrências registradas foram referentes a machos (66,1%), com idade entre 7 meses e 2 anos (39,8%), não-castrados (58,6%).
Outros municípios amazonenses que apresentaram casos foram Presidente Figueiredo (8) e Iranduba (1).