Entre 1988 e 2023, o Amazonas ocupa o 2° lugar na Região Norte em número de chacinas, com 29 casos, de acordo com a pesquisa do Mapa de Chacinas Norte e Nordeste. A pesquisa foi realizada pela Rede Liberdade em colaboração com a Clínica de Direitos Humanos do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), divulgada com exclusividade pelo portal g1 neste domingo (1º).
O levantamento abrangeu mais de duas mil mortes em 489 chacinas ocorridas nas regiões Norte e Nordeste no período. A Bahia é o estado com o maior número de casos, totalizando 103 chacinas. Na Região Norte, o Pará ocupa o primeiro lugar com 69 chacinas, seguido pelo Amazonas, com 29. Acre e Rondônia têm 16 casos cada, enquanto o Tocantins registrou nove.
O estudo aponta que as chacinas no Amazonas representam 5,93% do total de casos no país entre 1988 e 2023. As ocorrências aconteceram em diversas cidades, como Manaus, Beruri, Iranduba, Itacoatiara, Nova Olinda do Norte e Tabatinga, esta última situada na região de fronteira.
Massacre no Compaj
Considerado o maior massacre do Amazonas, 56 pessoas morreram durante uma chacina registrada no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em janeiro de 2017. A rebelião entre os detentos durou cerca de 17 horas e teve início entre um grupo pertencente a uma facção criminosa do estado.
Em maio de 2019, entre os dias 26 e 27, pelo menos 55 pessoas que estavam presas no Complexo Anísio Jobim (Compaj), no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM1), morreram durante uma segunda chacina, motivada por brigas entre facções criminosas.
*Com informações do portal g1.