Os preços dos aluguéis tiveram no ano de 2023 um avanço que superou os números da inflação no País. Segundo o índice FipeZap, o aumento chegou a até 37,3%, o que significa oito vezes mais que o IPCA do ano (4,62%). Quando se compara com o IGP-M, indicador muito utilizado como parâmetro para os reajustes de aluguéis, a disparidade é ainda maior, já que o índice fechou durante o ano de 2023 em - 3,18%.
Na média das 25 cidades monitoradas pela FipeZap, os aluguéis subiram 16,16% (quase quatro vezes mais que a inflação), continuando assim a recuperação iniciada em 2022 (16,55% de alta, para uma inflação de 5,79%). Com o impacto da pandemia da covid-19, em 2020 os aluguéis subiram 2,48%, para um IPCA de 4,52%. Em 2021, foi ainda pior: alta de 3,87%, para uma inflação de 10,06%.
Os aumentos, segundo especialistas, são reflexo direto do período de pandemia, quando os proprietários não conseguiram repassar aumentos. Naquele período, as devoluções de imóveis alugados aumentaram com movimentos ligados ao home office e os preços ficaram no mesmo patamar ou até caíram.
Entre as cidades com maiores altas no ano passado, estão Goiânia, também estão Campinas (SP), com 29,52%, e Florianópolis, com 27,68%. A menor variação se deu em Praia Grande (SP), com 7,91%.