O ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, foi hostilizado nesta última sexta-feira, 14, por um grupo de três brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália. O presidente do TSE estava com a sua família no aeroporto quando o ataque ocorreu, ele voltava de uma palestra que ministrou na Universidade de Siena.
Moraes foi xingado de “bandido, comunista e comprado” por uma mulher identificada como Andreia e, no momento seguinte, um dos dois homens, identificado como Roberto Mantovani, teria agredido fisicamente o filho do ministro.
A Polícia Federal já identificou todos os envolvidos na agressão, que desembarcaram na manhã deste sábado no aeroporto internacional de Guarulhos. Eles serão investigados por crime contra a honra, ameaça e agressão.
Direita e esquerda condenam ação hostil
Diversos políticos da esquerda e da direita brasileira condenaram neste sábado, 15, a hostilização contra Alexandre de Moraes. O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi um dos primeiros a se manifestar sobre o caso e chamou os autores da hostilização de “extremistas”.
Em seu perfil no Twitter, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que os atos são “inaceitáveis”, e disse ainda que “todos os lados precisam colaborar para que o antagonismo fique no campo das ideias e das ações legítimas”. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse ser “inaceitável que se use o argumento de liberdade de expressão para agredir, ofender e desrespeitar autoridades constituídas”.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também prestou sua solidariedade a Moraes e sua família. “A defesa do Estado de Direito e a segurança de nossas instituições, incluindo de seus agentes públicos, são pilares essenciais da democracia”, escreveu em seu perfil no Twitter.
Já o líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que tem “diferenças e discordâncias” com a atuação de Moraes, mas afirmou repudiar “essa forma irracional de manifestação”. “Tenho minhas diferenças e discordâncias com a forma como o ministro tem conduzido os inquéritos sob sua coordenação. Porém, não posso concordar com a agressão contra ele e, principalmente, contra seu filho, que o acompanhava”, escreveu o senador em seu perfil no Twitter.