O avião que caiu nas proximidades de Manicoré, deixando duas vítimas fatais, estava irregular e não deveria ter voado, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A aeronave, um Cessna 310Q, de propriedade de uma empresa da Bahia, estava com o Certificado de Aeronavegabilidade vencido.
As operações de busca, que envolveram equipes da Força Aérea Brasileira (FAB), Corpo de Bombeiros e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), cobriram mais de 2.300 km² de floresta até localizar o avião, que havia desaparecido no dia 20 de dezembro durante um voo para Manaus. O acidente ocorreu cerca de dois quilômetros da Comunidade Bom Jesus, na estrada Igarapé Grande, em uma área de difícil acesso.
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o avião não tinha plano de voo registrado e não foi detectado pelos radares. O último sinal do GPS indicou a aeronave ao sudeste de Manicoré.
“A aeronave não apresentou plano de voo e não foi detectada pelos radares de controle de tráfego aéreo. Informações preliminares indicaram que o GPS Garmin do piloto registrou a última posição da aeronave a Sudeste de Manicoré”, informou a FAB.
A bordo da aeronave de pequeno porte estavam o piloto Rodrigo Boer Machado e o passageiro Breno Braga Leite, de 28 e 29 anos, respectivamente. Os dois perderam a vida.
Agora, as investigações sobre as causas do acidente estão sob responsabilidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).