As ações da Petrobras recuavam fortemente nesta quarta-feira, com as preferenciais da estatal chegando a perder 3,8% no pior momento, em meio a declarações do presidente-executivo sinalizando uma postura mais conservadora em relação à remuneração aos acionistas da petroleira.
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Jean Paul Prates, disse em entrevista à Bloomberg que a Petrobras será mais cautelosa no pagamento de dividendos extraordinários à medida que se move para se tornar uma potência de energia renovável.
Às 15:15, os papéis preferenciais da companhia caíam 5,11%, a 40,45 reais, enquanto as ações ordinárias cediam 4,75%, a 41,88 reais, entre os piores desempenhos do Ibovespa, que recuava 1,18%.
Na mínima, as PNs chegaram a 40,38 reais e as ONs a 41,79 reais.
As ações da companhia têm renovado máximas históricas, em boa parte apoiadas nas expectativas sobre a remuneração aos acionistas.
De acordo com Tiago Cunha, gestor de renda variável da Ace Capital, as expectativas do mercado quanto ao pagamento de dividendos estavam mais próximas de um valor máximo ao potencial a ser distribuído.
“A fala do presidente, nesse sentido, coloca uma dúvida sobre qual será o percentual pago. Dependendo do percentual, a Petrobras terá um ‘dividend yield’ próximo das outras grandes empresas de petróleo no mundo, o que não justificaria uma preferência pela empresa brasileira”, acrescentou.
A Petrobras divulga seu resultado do último trimestre e do ano de 2023 no dia 7 de março, quando deve também anunciar sua decisão sobre a remuneração aos acionistas.