Com elementos suficientes para indiciar o vereador Carlos Bolsonaro (PL) por espionagem ilegal no caso conhecido como “Abin Paralela”, a Polícia Federal (PF) garante finalizar o inquérito até agosto. Carlos é suspeito de participar de um esquema de arapongagem contra adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O caso da Abin Paralela, conforme investigadores da PF, está diretamente conectado com as investigações sobre outra estrutura informal para disseminar fake news contra rivais, o chamado Gabinete do Ódio. Em janeiro, o filho do ex-presidente chegou a ser alvo de mandados de busca e apreensão.
Além de considerar o caso quase encerrado, a PF busca evitar a contaminação das eleições municipais de outubro. Isso porque o candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, apoiado por Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) também deverá ser indiciado. Ramagem era Diretor-Geral da Abin à época e tem Carlos Bolsonaro como coordenador da campanha. A PF ainda avalia o indiciamento do ex-presidente.
A investigação da PF aponta para um esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro. O objetivo seria monitorar adversários.
Defesas e assessores de Carlos Bolsonaro, Alexandre Ramagem e Jair Bolsonaro, não se manifestaram sobre o assunto.