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123milhas cria site para reunir dados de credores em meio a processo de recuperação judicial

Escrito por
Redação
June 01, 2024
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Foto: Internet

A 123milhas, em resposta a uma solicitação da Justiça de Minas Gerais, lançou o site rj123milhas.com.br para coletar dados de consumidores lesados e credores. Essa iniciativa faz parte do processo de recuperação judicial da companhia, que foi aceito em 29 de agosto de 2023.

Segundo a empresa, o site será o canal oficial para que os credores possam verificar as classificações e os créditos atribuídos pelo grupo 123milhas. No entanto, ainda não há um prazo definido para a verificação dos créditos. A empresa explicou que, após a publicação do link no Diário Oficial, os credores terão 15 dias corridos para checar seus créditos e encaminhar informações sobre eventuais divergências.

Além disso, a administração judicial iniciará a fase de recebimento de informações sobre possíveis divergências e habilitações de credores não identificados, após a autorização judicial para a publicação do edital contendo o link.

CONTEXTO DA CRISE

A crise na 123milhas começou em 18 de agosto de 2023, quando a empresa suspendeu a emissão de passagens e pacotes da linha Promo, propondo ressarcir os clientes com vouchers. A empresa, fundada em 2016 em Belo Horizonte pelos irmãos Ramiro e Augusto Madureira, tornou-se o maior anunciante do país em 2021, investindo R$ 2,37 bilhões em publicidade.

Em 29 de agosto de 2023, a 123milhas protocolou um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, alegando a necessidade de cumprir compromissos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. O pedido foi aceito pela 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte em 31 de agosto. Com dívidas de R$ 2,3 bilhões, a plataforma pediu a suspensão de ações de credores e consumidores por 180 dias.

Em janeiro de 2024, a juíza Cláudia Helena Barbosa suspendeu a recuperação judicial até a nomeação de novos administradores judiciais e exigiu detalhes sobre as condições da Lance Hotéis e da MaxMilhas, incluídas na recuperação judicial em outubro do ano passado. A recuperação já havia sido suspensa em setembro e retomada em dezembro, período em que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) questionou a empresa sobre o cancelamento de pacotes e passagens.

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